ELLE Magazine: 10 anos de SKAM, os atores da série que marcaram uma geração inteira

Publicado em 25 jun 25

Artigo Completo em: ELLE Noruega

Em 2025, SKAM completa uma década desde sua estreia — e para celebrar esse marco, o elenco original se reuniu em uma entrevista exclusiva para a revista ELLE Noruega. Os atores refletiram sobre o impacto duradouro da série, os bastidores das gravações e como suas vidas mudaram desde então. Mais do que uma simples comemoração, o reencontro é um lembrete do legado emocional e cultural que SKAM deixou para toda uma geração.

10 anos de SKAM

Quando SKAM estreou em 2015, ninguém imaginava o impacto que teria. Mas não demorou muito para que a série ultrapassasse os limites do entretenimento e se tornasse um espelho para toda uma geração — o primeiro lugar onde muitos jovens se sentiram verdadeiramente vistos. Este ano marca dez anos desde a estreia da série na NRK, e é impossível não se emocionar ao relembrar e celebrar o que se consolidou como uma das produções mais influentes da televisão norueguesa.

O que significa SKAM?

Mais do que uma série de TV, SKAM foi um retrato do que era ser jovem na Noruega contado na linguagem dos jovens — uma verdadeira movimentação cultural que ultrapassou fronteiras e tocou corações ao redor do mundo. Com sua narrativa em tempo real, personagens com perfis reais nas redes sociais e uma abordagem sensível e honesta dos desafios da juventude, a série conquistou tanto jovens quanto adultos, conectando gerações e mostrando que cultura pop também pode ser profunda, artística e transformadora.

Mais do que uma série de TV, SKAM foi uma história contada na linguagem dos jovens. Um retrato do que era ser jovem na Noruega que se tornou um “movimento cultural” e que ultrapassou fronteiras. A série foi analisada em jornais, discutidas em cafés e nas redes sociais e tocou corações ao redor do mundo todo. Não se limitando ao público jovem, muitos adultos também se deixaram levar e acompanharam a série. SKAM uniu gerações e ofereceu um olhar profundo sobre a adolescência, algo que muitos antes só enxergavam pela superfície.

Não foi apenas o formato inovador – com clipes postados em tempo real e personagens com seus próprios perfis no Instagram. Foi o conteúdo, a honestidade, profundidade e respeito pelas lutas dos jovens que tornaram a série tão popular. SKAM mostrou que a cultura pode ser tão importante e bela quanto a arte em si, quando feita com amor e um desejo genuíno de compreensão.

Primeira Temporada

A primeira temporada nos apresentou Eva (Lisa Teige) — e a solidão que pode surgir quando antigas amizades enfraquecem e novas começam a florescer. Ela está no meio de uma crise de identidade após o término com sua antiga melhor amiga, e tenta encontrar seu lugar em um novo grupo de amigos, no relacionamento com Jonas (Marlon Valdés Langeland) — e em si mesma. A série explorou como a adolescência pode ser uma fase frágil e confusa, onde relações são formadas e desfeitas, e onde, de muitas maneiras, é preciso se reconstruir do zero.

Segunda Temporada

Na segunda temporada, Noora (Josefine Frida) se tornou um ícone feminista para muitos. Sua história abordou a complexidade do amor e os equilíbrios de poder em relacionamentos românticos, especialmente diante do carismático e, por vezes, manipulador William (Thomas Hayes). Ao mesmo tempo, houve espaço para discutir consentimento, abuso, pressão corporal e saúde mental — tudo narrado pela perspectiva forte, mas também vulnerável, de Noora. Ela representou um novo tipo de heroína em séries juvenis: firme em seus princípios, inteligente e independente, mas sem medo de sentir e mostrar suas inseguranças.

Terceira Temporada

A terceira temporada talvez tenha sido a mais inovadora — pois a jornada de Isak (Tarjei Sandvik Moe) não tratava apenas de assumir sua homossexualidade. Retratava uma luta interna marcada pela negação, medo da rejeição e um profundo desejo de ser aceito. Ao mesmo tempo, a série mostrava como a amizade pode nos sustentar durante crises de identidade e como o amor — neste caso, através do encontro com Even (Henrik Holm) — pode ser uma salvação. Temas como transtorno bipolar, identidade LGBTQIA+ e exclusão social foram abordados com uma rara combinação de seriedade e afeto. A série deu voz a muitos jovens LGBTQIA+ e criou um espaço para que se sentissem menos sozinhos. O diálogo sobre saúde mental e sexualidade também se tornou menos tabu, e a série mostrou como o amor pode ser ao mesmo tempo confuso e libertador.

Quarta Temporada

A história de Sana (Iman Meskini) na quarta temporada destacou algo raro no drama juvenil — uma jovem muçulmana que usa hijab como personagem principal. Ela equilibra fé e amizade, expectativas familiares e a vida adolescente, e luta para encontrar seu lugar. Através de seu olhar, fomos apresentados a questões sobre religião, preconceitos, comunidade e lealdade — mas também solidão e dúvidas. Um elemento central da temporada foi o início do relacionamento entre Sana e Yousef (Cengiz Al), que explorou como amor e fé podem coexistir — e o que acontece quando os sentimentos não se deixam guiar por dogmas ou expectativas. A temporada abordou o desafio de viver entre duas culturas e abriu uma conversa importante sobre pertencimento.

SKAM na verdade nunca foi uma série que gritasse muito alto. Ela quase sussurrava, e de alguma forma isso foi suficiente.

SKAM foi mais do que uma série de TV

Ela atingiu pontos muito sensíveis com sua força suave e proximidade com a vida real. A série também abriu portas importantes para conversas sobre temas que historicamente foram muitas vezes ignorados ou negligenciados na cultura popular. Mas talvez o mais comovente foi como SKAM nunca subestimou seu público. A série confiou que os jovens poderiam entender, sentir e refletir por si mesmos. E em uma época em que muitos jovens se sentem pressionados a ser perfeitos, SKAM lhes deu espaço para serem humanos. Para muitos, portanto, SKAM será para sempre mais do que uma série. Foi uma tábua de salvação. Um amigo. A sensação de não estar sozinho.

Por trás de SKAM estava uma equipe forte e diversa de talentos criativos, com Julie Andem como diretora e roteirista à frente. Andem tinha uma habilidade única de capturar a voz honesta dos jovens e criar personagens autênticos e identificáveis. Junto com a gerente de projeto Marianne Furevold, bem como produtores, fotógrafos, compositores, stylists e cenógrafos, cada parte da produção contribuiu para moldar SKAM no fenômeno cultural que se tornou. A música, especialmente, tornou-se uma parte indispensável da identidade da série, ajudando a intensificar as emoções e atmosferas de cada cena.

Entrevista com os atores

Mas definitivamente não foi só atrás das câmeras que SKAM ganhou seu caráter único. Os protagonistas, interpretados por um elenco jovem e talentoso, foram aqueles que realmente deram vida à série. Os personagens se tornaram mais do que figuras fictícias — tornaram-se reflexos da juventude real, com toda a insegurança, força e esperança que isso implica. Os atores conseguiram dar profundidade e credibilidade aos personagens, tornando-os imediatamente reconhecíveis.

Agora, dez anos após a estreia da série, a revista ELLE teve o prazer de conversar com alguns dos atores mais centrais da série, que compartilham seus pensamentos sobre como foi fazer parte do fenômeno SKAM e o que isso significou para eles e para a sua geração.

A grande entrevista com os atores — Lisa Teige, Josefine Frida, Iman Meskini, Ina Svenningdal, Ulrikke Falch, Thomas Hayes, Marlon Langeland, Henrik Holm, Cengiz Al, Henrik Holm e Carl Martin Eggesbø — está disponível na edição de verão da revista ELLE Noruega.

A edição de verão da ELLE Noruega estará à venda a partir de sexta-feira, 27 de junho.

Foto: Cathrine Wessel / Tinagent

Styling: Alva Brosten / Style Management

Cabelo: Andrés Valle-Kløvstad / Style Management / Gevir / HairBySamMcKnight

Maquiagem: Agnes Gulbrandsen / Style Management / Gevir & Sandra Siff / LW Agency

Diretora de Arte: Vibeke Ruud

Texto Original escrito por: Charlotte Sørvald e Caroline Kildebo